Sam Alttman diz que há bolha de IA e acende alerta sobre bilhões fáceis

Sam Alttman fala em bolha de IA, critica bilhões para startups com três pessoas e estudo do MIT aponta 95% de falhas e ganhos maiores no backoffice.

Publicado 17/09/2025 às 20:01 por Viviane Grecilo Torres

Em entrevista sobre lançamento do GPT5, o CEO da Open AI, Sam Alttman, afirmou que o mercado de IA vive uma bolha. Ele comparou o momento à bolha da internet, quando a euforia superou a prudência, embora houvesse um fundo de verdade. Além disso, cobrou mais racionalidade.

Alttman chamou de insano ver startups de IA com três pessoas e uma ideia captarem bilhões e bilhões. Segundo ele, esse comportamento não parece racional e alguém vai se queimar. Ao mesmo tempo, o comentário esbarrou em ex-colegas que deixaram a Open AI para abrir novas empresas.

Investimentos fora da curva e recados velados

Quem está no centro da discussão

No radar aparecem Ilha Skiver, fundador da Safe Super Intelligence, avaliada em US$ 32 bilhões, e Mira Murati, cuja startup já alcança US$ 12 bilhões. Para Alttman, o apetite por cheques gigantes cresceu rápido demais. Entretanto, ele reconhece que há tecnologia real por trás dessa corrida.

O que diz o MIT sobre resultados de IA

O estudo em números

  • 150 entrevistas com líderes
  • 300 implantações públicas analisadas
  • 350 funcionários pesquisados

Principais achados

O MIT apontou que 95% dos experimentos de IA nas empresas fracassam. Para uso individual, ferramentas de chat mostram benefícios porque a pessoa se adapta e corrige rotas. Porém, em workflows corporativos rígidos, a implantação emperra e os ganhos ficam aquém do prometido.

Muitas companhias focam IA em vendas e marketing. Contudo, o maior retorno aparece no backoffice, nas rotinas que ninguém quer tocar e que muitas vezes eram terceirizadas. Assim, automatizar o que não é diferencial rende mais rápido, enquanto o core do negócio ainda exige a sua digital humana.

O que isso significa para as empresas

Na prática, IA amplia produtividade, mas não substitui o que diferencia a empresa. Tarefas essenciais pedem julgamento, contexto e padrão de excelência. Por isso, a “semente humana” segue decisiva para criar vantagem competitiva e, ainda, para evitar que a bolha estoure no seu colo.

O recado final fica claro: existe bolha, sim, e ela convive com avanços reais. Portanto, quem investir precisa mirar problemas certos, priorizar backoffice e ajustar processos antes de encaixar algoritmos. Assim, dá para capturar valor sem embarcar na euforia dos bilhões e bilhões.

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