‘Baile das Loucas’: Uma jornada de dor e descoberta na Paris do século XIX

Em La Salpêtrière, mulheres enfrentam a opressão e encontram vínculos inesperados em meio ao caos da psiquiatria.

Publicado 19/08/2024 às 16:47 por Cintia Dominguez

Baseado no livro “Le Bal des Folles”(O baile da Louca) de Victoria Mas, o filme “Baile das Loucas” retrata um capítulo sombrio da história psiquiátrica.

O dom de Eugenie

Na Paris do final do século XIX, Eugenie é uma jovem com um dom extraordinário: ela se comunica com os mortos. No entanto, sua habilidade assusta sua família. Seu pai e irmão decidem interná-la na clínica neurológica de La Salpêtrière. Sem opções, Eugenie é forçada a encarar seu destino. A clínica é dirigida pelo renomado professor Charcot, um pioneiro da neurologia e da psiquiatria.

Um destino compartilhado

Em La Salpêtrière, Eugenie cruza o caminho de Geneviève, uma enfermeira que trabalha na unidade neurológica. Geneviève, apesar de sua dedicação, sente que sua vida passa sem sentido real. O encontro das duas mulheres muda seus destinos para sempre. Juntas, elas se preparam para o “Bal des Folles”.

A clínica de Charcot

A clínica de La Salpêtrière acolhe mulheres diagnosticadas com histeria, loucura e epilepsia. Essas mulheres são frequentemente marginalizadas pela sociedade. Charcot organiza anualmente o “Bal des Folles”, um evento onde as pacientes se apresentam para a alta sociedade parisiense. Este baile se torna um símbolo de opressão, mas também de resistência e esperança.

O impacto do encontro

O relacionamento entre Eugenie e Geneviève é central na narrativa. Através dessa conexão, ambas encontram forças para enfrentar suas adversidades. Eugenie enfrenta a incompreensão e o medo de sua família. Geneviève desafia o sistema que a prende em uma vida de monotonia.

“Baile das Loucas” ilumina as injustiças sofridas por mulheres na história da psiquiatria. O filme nos convida a refletir sobre a condição feminina e a luta por dignidade e liberdade. Através de Eugenie e Geneviève, vemos que mesmo em meio à opressão, a esperança e a solidariedade podem florescer.

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