Entenda o conflito teológico entre Deus e o diabo
Explorando a perspectiva bíblica sobre a luta entre o bem e o mal e o papel de Jesus.
A questão sobre o conflito entre Deus e o diabo é complexa e gera debates intensos entre teólogos. André Apolinário levantou um ponto importante ao questionar se colocar o diabo como inimigo de Deus não seria igualá-lo a Ele.
A natureza do conflito
Se Deus é todo-poderoso, não deveria ter inimigos. A criação de Deus, sim.
André perguntou: “Se Cristo é Deus e morreu, como pode um Deus eterno morrer?”
A resposta envolve entender que Deus não batalha com o diabo usando Seu poder divino.
O caráter de Deus
Deus luta com o caráter, não com superpoderes. Quando a rebelião começou no céu, a acusação era que Deus era um déspota.
Satanás nos acusa e reivindica. No livro de Jó, ele questiona a fidelidade de Jó.
Deus permitiu que Jó sofresse para mostrar que Ele não obriga ninguém a segui-Lo.
Jesus e o esvaziamento
Jesus venceu o mal na cruz, no momento de maior fragilidade. Filipenses 2:5 é um texto central sobre essa teologia.
Paulo escreve que Jesus, vivendo na forma de Deus, se esvaziou. No grego, a palavra é “kenosis”.
Jesus assumiu a forma de servo, vivendo entre nós, e morreu na cruz. Após isso, o Pai o exaltou.
A honra ao mérito
Até a cruz, Jesus era Deus por natureza. Após a cruz, Ele é Deus por natureza e mérito.
Ele manteve a nobreza e caráter divinos mesmo sem os poderes de Deus.
Jesus venceu o diabo com fraqueza e caráter, não com raios ou fogo de enxofre.
O verdadeiro inimigo
Satanás é mais o inimigo do povo de Deus do que de Deus diretamente. A Bíblia enfatiza isso.
Ele é o opositor de Deus, mas não está em pé de igualdade com Ele.
Satanás não é um “Deus do mal”. Ele é uma criatura limitada pelos limites impostos por Deus.
Em resumo, o conflito entre Deus e o diabo não é uma batalha de igual para igual. Deus vence com caráter e amor, não com poder avassalador.