Novo avanço médico promete melhorar a vida de pacientes com Alzheimer
Com o envelhecimento da população global, estamos presenciando um aumento na incidência de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. À medida que avançamos na ciência, novas opções terapêuticas promissoras surgem, oferecendo esperança e melhoria na qualidade de vida para aque
Uma revolução no tratamento do Alzheimer – No início de julho, a Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano responsável pela aprovação de medicamentos, deu a sua chancela completa ao anticorpo monoclonal lecanemab, também conhecido pelo nome comercial Leqembi. Este é um medicamento produzido pelos laboratórios Eisai e Biogen, que tem como alvo os depósitos da proteína beta amiloide, reduzindo o declínio cognitivo em 27% nas fases iniciais do Alzheimer.
Em 2021, a FDA também aprovou o medicamento aducanumab da Biogen (denominado Aduhelm). Porém, a recente aprovação de Leqembi representa um marco significativo na área da saúde mental, de acordo com uma especialista do Sistema de Saúde Mount Sinai, nos Estados Unidos.
Impacto significativo na comunidade médica e nos pacientes
Na avaliação da Dra. Mary Sano, professora de Psiquiatria e Diretora do Centro de Pesquisa da Doença de Alzheimer na Escola de Medicina Icahn em Mount Sinai, a plena aprovação de Leqembi simboliza um grande avanço para a comunidade médica e os pacientes que lutam contra o Alzheimer.
Um novo fármaco revolucionário
Leqembi (lecanemab) é um tratamento baseado em anticorpos monoclonais destinado a diminuir o acúmulo de placas de beta amiloide no cérebro, um marcador característico da doença de Alzheimer. A aprovação do medicamento representa um passo importante, já que até recentemente o Alzheimer não era considerado uma condição tratável.
Esta nova abordagem terapêutica é indicada para pacientes nas fases iniciais da doença, com leve deterioração cognitiva ou demência inicial causada pelo Alzheimer e acúmulo confirmado de beta amiloide em seus cérebros.
Leqembi: um marco no tratamento do Alzheimer
Segundo a Dra. Sano, o Leqembi demonstrou uma redução significativa no declínio cognitivo em comparação com o placebo no ensaio clínico que respaldou sua aprovação completa. Isso significa que os pacientes podem esperar uma desaceleração na perda de suas funções cognitivas.
Os benefícios do Leqembi foram observados no terceiro mês de tratamento e persistiram até o 18º mês, ao final do estudo. Antes do Leqembi, o enfoque médico predominante para os pacientes diagnosticados com demência leve (MCI) havia sido de “esperar e ver”.
Estudo comprova eficácia do Leqembi
Em um estudo randomizado, duplo-cego, controlado com placebo com 1.795 participantes, o Leqembi mostrou uma redução significativa na Classificação clínica de demência (CDR), uma medida cognitiva e funcional, em comparação com o placebo. Os pacientes tratados com Leqembi tiveram uma diminuição de 27% na CDR em 18 meses.
Acesso ao tratamento nos EUA
Nos Estados Unidos, os Centros de Serviços de Medicare e Medicaid (CMS) anunciaram no início de julho que o Leqembi é elegível para a cobertura da Parte B do Medicare. No entanto, um dos requisitos é a evidência documentada de placa beta amiloide no cérebro, o que requer estudos de diagnóstico por imagem.
Os avanços no tratamento do Alzheimer são uma demonstração da capacidade da ciência de melhorar a vida dos pacientes e proporcionar esperança para o futuro. Embora ainda haja muito a ser descoberto sobre o Alzheimer, esses avanços representam um passo importante na jornada para vencer esta doença devastadora.