O desafio do emagrecimento: como a mente pode ser a chave para a perda de peso

Embora a tentação de regimes milagrosos seja grande, especialistas defendem que o verdadeiro caminho para a perda de peso está na mente. A empresária Carol Ferrera, que já pesou 147 kg e hoje é especialista em mudança de mentalidade, compartilha dicas práticas para a reprogramaçã

Publicado 15/08/2023 às 19:57 por Alex Torres

Redes sociais e a pressão da comparação

As redes sociais se tornaram um espaço de constante comparação. Com imagens manipuladas e corpos “perfeitos”, elas intensificaram a pressão sobre a aparência física, o que, segundo Carol Ferrera, tem potencial para desencadear problemas sérios de saúde mental. Baixa autoestima, insegurança e até transtornos alimentares, ansiedade e depressão podem ser consequências dessa busca incessante pelo corpo ideal.

Para ela, é importante que a preocupação com a alimentação e a aparência vá além do emagrecimento, da beleza ou da aceitação social. O foco deve estar em buscar a melhor versão de si mesmo, em um processo de autocuidado e autoaceitação.

Reprogramando o cérebro para a perda de peso

De acordo com Ferrera, é possível “reprogramar” a mente para favorecer a perda de peso. Ela compartilha cinco estratégias:

  • Opte por escolhas saudáveis ao invés de entrar em dietas restritivas;
  • Identifique claramente os motivos pelos quais você deseja emagrecer;
  • Seja específico em seus objetivos de emagrecimento;
  • Estabeleça metas curtas para evitar o sentimento de frustração;
  • Crie uma “caixa da autoconfiança” com anotações sobre suas conquistas ao longo do processo.

A conexão entre cérebro e obesidade

Um estudo recente da Memorial University of Newfoundland, no Canadá, revelou que a inflamação do hipotálamo, uma região crucial do cérebro para a regulação da fome, tem ligação direta com o consumo de dietas ricas em gordura. Esta descoberta evidencia o papel do cérebro no controle do peso e destaca a necessidade de considerar a saúde mental nos tratamentos de obesidade.

Para o pós-doutor em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o tratamento da obesidade precisa ser abrangente, envolvendo profissionais de diferentes áreas e considerando não apenas o peso do paciente, mas diversos outros aspectos. Isso inclui a saúde mental, um fator que, como mostra o estudo canadense, está profundamente entrelaçado com o peso corporal.

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