Transtorno de ansiedade tem cura? entenda seus efeitos e possibilidades de tratamento

Um olhar aprofundado sobre o transtorno de ansiedade, seus impactos na vida das pessoas e as possíveis abordagens de tratamento.

Publicado 01/09/2023 às 15:53 por Alex Torres

Em algum momento, todos nós já sentimos uma ponta de nervosismo, seja diante de uma apresentação importante, uma entrevista de emprego ou uma prova decisiva. No entanto, para algumas pessoas, essa ansiedade não é temporária. Ela persiste, intensifica-se e pode até mesmo se transformar em um transtorno. Essa é a realidade de muitos brasileiros, e pessoas ao redor do mundo, que lutam diariamente contra o transtorno de ansiedade.

O que é transtorno de ansiedade?

Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o transtorno de ansiedade afeta 3 em cada 10 brasileiros. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estende essa realidade ao âmbito global, afirmando que cerca de 33% da população mundial sofre com a doença. Nos Estados Unidos, o Instituto Nacional de Saúde Mental indica que aproximadamente 4% dos adultos, e quase 6% dos adolescentes, têm transtorno de ansiedade classificado como grave.

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Essa condição pode interferir significativamente na capacidade de uma pessoa prosperar na escola, no trabalho e em situações sociais. Também pode afetar suas relações com a família e amigos. Felizmente, há tratamentos eficazes disponíveis e, em alguns casos, os medicamentos podem desempenhar um papel importante, ajudando a controlar sintomas físicos, como tremores e sudorese. No entanto, estudos mostram que o tratamento psicológico, seja isolado ou em combinação com a medicação, é altamente eficaz para a maioria das pessoas com transtorno de ansiedade.

Tipos de transtorno de ansiedade

Há vários tipos principais de transtorno de ansiedade, cada um com suas características específicas. Aqui estão alguns:

  • Transtorno de ansiedade generalizada: Caracterizado por uma preocupação persistente ou sentimentos de ansiedade. Os sintomas incluem inquietação, irritabilidade, tensão muscular, dificuldade de concentração e problemas no sono.
  • Síndrome do pânico: Pode causar ataques de pânico recorrentes, incluindo sintomas como sudorese, tremor, falta de ar, taquicardia e sentimentos de medo excessivo. Um exemplo recente é o caso da atriz Cleo Pires, que enfrentou um ataque de pânico que a impediu de embarcar em um voo.
  • Fobias: Consistem em medos intensos de certos objetos ou situações que causam angústia ou estresse.
  • Fobia social: Inclui o medo de situações sociais, onde a pessoa pode se sentir envergonhada ou julgada. Os sintomas comuns incluem dificuldade para fazer amigos e se afastar de situações sociais.
  • Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): Inclui pensamentos persistentes e incontroláveis (obsessões) e rotinas ou rituais (compulsões).
  • Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): Pode se desenvolver após um trauma físico ou emocional grave, como um desastre natural, acidente grave, assalto ou sequestro relâmpago.

Como um psicólogo pode ajudar?

Embora existam muitos tipos de transtornos de ansiedade, pesquisas sugerem que muitos ocorrem através de processos semelhantes. Os psicólogos são treinados para diagnosticar esses transtornos e ensinar aos pacientes maneiras mais saudáveis e eficazes de lidar com suas reações. Uma dessas abordagens, conhecida como Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), é altamente eficaz no tratamento desses transtornos.

Na TCC, os psicólogos ajudam os pacientes a identificar e gerenciar os fatores que contribuem para a ansiedade. Por meio do componente cognitivo da terapia, os pacientes aprendem a entender como seus pensamentos contribuem para os sintomas da ansiedade e, mudando esses padrões de pensamentos, podem reduzir a ocorrência e a intensidade dos sintomas.

Como identificar sintomas de transtorno de ansiedade?

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Reconhecer os sintomas do transtorno de ansiedade é o primeiro passo para buscar tratamento. Alguns dos sinais mais comuns incluem:

  • Palpitações e taquicardia
  • Sensação de falta de ar ou asfixia
  • Insônia ou sono agitado
  • Dificuldade de concentração
  • Sentimentos persistentes de preocupação ou medo
  • Comportamentos de esquiva para evitar situações que geram ansiedade

É fundamental consultar um médico ou psicólogo para obter um diagnóstico preciso e elaborar um plano de tratamento adequado. Vale lembrar que a automedicação pode ser perigosa e contraproducente.

Prevenção e qualidade de vida

Embora não seja possível eliminar completamente o risco de desenvolver um transtorno de ansiedade, algumas práticas de vida saudável podem ajudar na prevenção e no controle dos sintomas. Estas incluem:

  • Atividade física regular: Ajuda na liberação de endorfinas, que são hormônios do bem-estar.
  • Alimentação balanceada: Uma dieta rica em nutrientes e baixa em substâncias estimulantes como cafeína e açúcar pode contribuir para o equilíbrio emocional.
  • Mindfulness e meditação: Técnicas de relaxamento e atenção plena podem auxiliar no controle da ansiedade.
  • Redução de estressores: Identificar e minimizar fontes de estresse pode aliviar os sintomas de ansiedade.

Além dessas práticas, é altamente recomendado procurar orientação profissional para um tratamento personalizado e eficaz.

Fontes:

  • Organização Mundial da Saúde
  • IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
  • American Phsychologial Association

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