UFRJ e Cristália se unem para desenvolver tratamento inovador contra paralisia

Colaboração entre UFRJ e Cristália avança no desenvolvimento de medicamento a partir da placenta para combater lesões medulares.

Publicado 13/09/2025 às 18:37 por Viviane Grecilo Torres

Na busca por curar lesões medulares e devolver a mobilidade a inúmeras pessoas, a UFRJ em parceria com o laboratório Cristália, está desenvolvendo um medicamento revolucionário. A base desse tratamento é uma proteína retirada da placenta, o que gera grandes expectativas na comunidade científica e em pacientes.

A Dra. Tatiana Sampaio, pesquisadora da UFRJ, compartilhou detalhes sobre o progresso dessa pesquisa. Inicialmente testado em animais e, posteriormente, em humanos, o estudo apresentou resultados animadores, com uma recuperação de mobilidade em 75% dos pacientes tratados. Essa nova fase conta com a colaboração do Cristália, que se comprometeu a produzir o medicamento em larga escala.

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Desenvolvimento da pesquisa e próximos passos

O projeto, que começou há mais de 20 anos, passou por várias etapas, desde testes in vitro até experimentos em modelos animais. Em 2021, um estudo piloto em humanos mostrou resultados promissores, o que incentivou a parceria com o Cristália. Agora, eles aguardam a autorização da Anvisa para iniciar um novo estudo clínico abrangente.

Processo de teste e esperanças futuras

Este novo estudo clínico será crucial para confirmar a eficácia do medicamento. Após a aprovação da Anvisa, a expectativa é que o processo dure cerca de dois anos, incluindo testes de segurança e eficácia em um grupo maior de voluntários. Caso os resultados se mantenham positivos, o medicamento poderá ser disponibilizado para o público.

Tecnologia e inovação no tratamento

A base do medicamento é a polilaminina, uma substância extraída da placenta. Essa técnica evita problemas de compatibilidade, já que a proteína não é uma célula viva. Isso representa uma vantagem significativa em relação a outras abordagens, como o uso de células-tronco, que ainda enfrentam desafios de rejeição e alto custo.

Impacto potencial e benefícios observados

Nos testes iniciais, a polilaminina demonstrou um impacto substancial na recuperação de funções motoras. Dos oito pacientes que participaram do estudo piloto, seis recuperaram alguma capacidade motora, o que supera significativamente as expectativas padrão para tais lesões. Este avanço pode representar uma nova esperança para milhares de pessoas vivendo com paralisia.

Embora o caminho ainda seja longo, a colaboração entre a UFRJ e Cristália sinaliza um avanço importante na medicina regenerativa. Combinando esforços e inovação, este projeto pode transformar vidas, oferecendo uma nova esperança para aqueles afetados por lesões medulares. A dedicação dos pesquisadores brasileiros, como a Dra. Tatiana Sampaio, continua a mostrar que o Brasil tem um enorme potencial na área de pesquisa científica.

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