UFRJ e Cristália se unem para desenvolver tratamento inovador contra paralisia
Colaboração entre UFRJ e Cristália avança no desenvolvimento de medicamento a partir da placenta para combater lesões medulares.
Na busca por curar lesões medulares e devolver a mobilidade a inúmeras pessoas, a UFRJ em parceria com o laboratório Cristália, está desenvolvendo um medicamento revolucionário. A base desse tratamento é uma proteína retirada da placenta, o que gera grandes expectativas na comunidade científica e em pacientes.
A Dra. Tatiana Sampaio, pesquisadora da UFRJ, compartilhou detalhes sobre o progresso dessa pesquisa. Inicialmente testado em animais e, posteriormente, em humanos, o estudo apresentou resultados animadores, com uma recuperação de mobilidade em 75% dos pacientes tratados. Essa nova fase conta com a colaboração do Cristália, que se comprometeu a produzir o medicamento em larga escala.
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Desenvolvimento da pesquisa e próximos passos
O projeto, que começou há mais de 20 anos, passou por várias etapas, desde testes in vitro até experimentos em modelos animais. Em 2021, um estudo piloto em humanos mostrou resultados promissores, o que incentivou a parceria com o Cristália. Agora, eles aguardam a autorização da Anvisa para iniciar um novo estudo clínico abrangente.
Processo de teste e esperanças futuras
Este novo estudo clínico será crucial para confirmar a eficácia do medicamento. Após a aprovação da Anvisa, a expectativa é que o processo dure cerca de dois anos, incluindo testes de segurança e eficácia em um grupo maior de voluntários. Caso os resultados se mantenham positivos, o medicamento poderá ser disponibilizado para o público.
Tecnologia e inovação no tratamento
A base do medicamento é a polilaminina, uma substância extraída da placenta. Essa técnica evita problemas de compatibilidade, já que a proteína não é uma célula viva. Isso representa uma vantagem significativa em relação a outras abordagens, como o uso de células-tronco, que ainda enfrentam desafios de rejeição e alto custo.
Impacto potencial e benefícios observados
Nos testes iniciais, a polilaminina demonstrou um impacto substancial na recuperação de funções motoras. Dos oito pacientes que participaram do estudo piloto, seis recuperaram alguma capacidade motora, o que supera significativamente as expectativas padrão para tais lesões. Este avanço pode representar uma nova esperança para milhares de pessoas vivendo com paralisia.
Embora o caminho ainda seja longo, a colaboração entre a UFRJ e Cristália sinaliza um avanço importante na medicina regenerativa. Combinando esforços e inovação, este projeto pode transformar vidas, oferecendo uma nova esperança para aqueles afetados por lesões medulares. A dedicação dos pesquisadores brasileiros, como a Dra. Tatiana Sampaio, continua a mostrar que o Brasil tem um enorme potencial na área de pesquisa científica.