Vida a dois: uma pincelada pelo direito de união

Ao decidir viver sob o mesmo teto sem as formalidades legais, muitos casais desconhecem que o governo assume o controle da escolha do regime de bens, caso não o façam. Na falta de uma decisão prévia, aplica-se a comunhão parcial de bens, o que implica em dividir tudo o que foi adquirido durante o período de convivência, independentemente da contribuição de cada um.

A união estável, registrada em cartório, oferece a você a oportunidade de escolher como será a gestão do patrimônio compartilhado. Aqui, o regime da separação total de bens desponta como a opção que garante que, ao fim da união, cada um retome seu caminho sem reivindicações patrimoniais do outro.

Proteção patrimonial frente às adversidades

Acusações infundadas podem resultar em consequências drásticas, como a necessidade de se afastar do próprio lar. Para se resguardar, a alternativa pode ser morar de aluguel e incluir ambas as partes como responsáveis pelo contrato. Assim, em um eventual desenlace sob tais circunstâncias, você não será o único a arcar com os custos remanescentes.

A independência da companheira e a Pensão Alimentícia

A independência financeira da parceira é um aspecto crucial, pois mesmo sob o regime de separação total de bens, você pode ser responsável por uma pensão alimentícia caso ela não consiga se manter. Por isso, valorize e apoie sua companheira na busca pela sua realização profissional e estabilidade econômica.

A realidade do desenlace

A dissolução de uma união é um cenário que muitos preferem não contemplar, mas que, infelizmente, é uma possibilidade real. Estar preparado para o inesperado é uma demonstração de cuidado e responsabilidade com o próprio futuro e com as pessoas envolvidas em sua vida.

O amor e a convivência a dois são trajetórias de compartilhamento e cumplicidade, mas também de responsabilidades legais e proteções patrimoniais. Informação e preparo são de extrema importância na construção de uma vida a dois harmoniosa e justa para ambas as partes.