10 Fatos Curiosos Sobre A Paixão de Cristo, o Polêmico Filme de Mel Gibson
O filme "A Paixão de Cristo" dirigido por Mel Gibson, lançado em 2004, desencadeou debates intensos devido à sua representação das últimas 12 horas da vida de Jesus. Explore dez aspectos notáveis dessa produção que continuam a surpreender e impressionar o público e a crítica.
A Origem do Roteiro e a Decisão Linguística
Escrito por Mel Gibson e Benedict Fitzgerald, o roteiro de “A Paixão de Cristo” mergulha nas narrativas bíblicas dos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, complementado por textos devocionais como “A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Gibson, buscando autenticidade histórica, optou por idiomas ancestrais para a narrativa: latim, aramaico e hebraico, traduzidos pelo especialista William Fulco. A princípio, legendas foram dispensadas, pois Gibson acreditava que a história, já amplamente conhecida, dispensaria tal recurso. No entanto, legendas foram incorporadas posteriormente para facilitar o entendimento do público.
Desafios Financeiros e Logísticos na Produção
A produção enfrentou obstáculos significativos, desde a ausência de interesse financeiro devido à escolha de idiomas pouco convencionais até a controvérsia na representação dos judeus no contexto da crucificação. A Icon Productions, de Mel Gibson, financiou o projeto com um aporte de US$ 30 milhões mais US$ 15 milhões destinados ao marketing.
País das Gravações
As filmagens ocorreram na Itália, e o título precisou ser ajustado para “A Paixão de Cristo” devido a um conflito nominal com outro projeto cinematográfico da Miramax Filmes.
O Comprometimento de Jim Caviezel
No papel de Jesus, Jim Caviezel foi a única personalidade americana a integrar o elenco. Ele havia atuado em grandes filmes, mas foi advertido por Gibson sobre possíveis dificuldades futuras em sua carreira. Caviezel, mesmo após confirmações das advertências de Gibson, não hesitou em aceitar o desafiador papel. Sua preparação incluiu próteses e alterações digitais em seus olhos, além de um intenso processo de caracterização com maquiagem.
Desafios e Perigos no Set de Filmagem
As adversidades no set foram além da complexidade da caracterização. Caviezel enfrentou acidentes, como ser atingido por um raio, deslocamento de ombro, problemas de saúde causados pelo frio extremo, além de sofrer uma cirurgia cardíaca após as gravações. Em um gesto simbólico, Gibson inseriu-se discretamente no filme, suas mãos e pés sendo inseridos em cenas cruciais da narrativa.
Repercussões Públicas e Reconhecimento
A obra foi marcada por reações intensas, incluindo episódios trágicos em que espectadores vieram a falecer durante a exibição. Apesar da violência explícita e de controvérsias, “A Paixão de Cristo” obteve sucesso estrondoso, com arrecadação inicial de mais de US$ 83 milhões e um total mundial que ultrapassou os US$ 611 milhões.
Reconhecimento Apesar Dos Cancelamentos
O filme ainda foi reconhecido em premiações, recebendo indicações ao Oscar e ao MTV Movie Awards, embora não tenha conquistado estatuetas. Seu impacto foi tal que foi censurado em países islâmicos, por contrariar a proibição da representação visual de profetas.
Legado e Futuro: A Sequência “A Paixão de Cristo – Ressurreição”
O legado de “A Paixão de Cristo” perpetua-se com a produção de uma sequência focada nos eventos seguintes à crucificação de Jesus. Intitulada “A Paixão de Cristo – Ressurreição”, a continuação promete ser um marco na indústria cinematográfica, segundo o próprio Jim Caviezel. A expectativa é grande para essa nova representação dos momentos que definem a fé cristã.
Com a revisitação desses fatos sobre “A Paixão de Cristo”, revelam-se as camadas de um filme que não somente narra uma história sagrada, mas também representa um fenômeno cinematográfico marcado por escolhas ousadas e sua recepção única pelo público ao redor do globo.