Desvende o mistério do cultivo de Amarílis: o segredo das flores bulbosas

Conhecido por sua exuberância entre as plantas bulbosas, o Amaryllis possui um poder de atração inegável. Suas cores vívidas e forma majestosa são um presente para os olhos. No entanto, o seu cultivo pode ser um mistério para muitos.

Entendendo as Amarílis: a flor que hiberna para florescer

Um dos aspectos mais intrigantes dessas plantas é que, em temperaturas abaixo de 20 graus Celsius, elas entram em uma espécie de “sono” profundo. O inverno se torna um período de descanso para estas flores, que ficam sem mostrar suas cores por três meses ou mais. Mas quando este período termina, voltam a florescer em cores vibrantes e com flores grandes.

O segredo do cultivo: criando um ambiente natural

De acordo com Daniel Barreto, biólogo da Plantei Garden Center, o segredo para cultivar Amaryllis é simular um ambiente natural o máximo possível. Para entender melhor sobre o cultivo dessa espécie, vale a pena observar e entender as condições ideais de plantio e a forma correta de adubá-la.

Escolhendo o vaso ideal

Daniel explica que é comum ver Amarílis sendo comercializadas em vasos pequenos (pote 15), já com flores. Isso é possível porque a planta está usando os nutrientes armazenados na parte bulbosa durante a fase de floração. Mas logo após, é essencial replantar em um vaso maior.

Para garantir um bom desenvolvimento das flores e a multiplicação dos bulbos, a escolha de um vaso cônico de 30 centímetros de altura ou mais e com capacidade mínima de 5 litros de substrato é uma boa opção.

Preparando o substrato

A preparação do substrato para as amarílis pode ser feita através de um mix de terra vegetal e 30% de areia. A adição de areia garante uma boa drenagem e evita o apodrecimento dos bulbos em caso de excesso de regas, como compartilha Daniel. O húmus de minhoca também pode ser adicionado, mas é opcional.

Local de cultivo

Essas flores se adaptam bem ao cultivo em vaso ou canteiros, desde que o local de plantio receba bastante sol. Daniel orienta, “quanto mais horas de luz solar direta, mais vivas serão as cores das flores”. E ainda recomenda o uso de uma base de madeira embaixo dos vasos para proteger os bulbos, principalmente em períodos de altas temperaturas.

Plantando os bulbos e cuidando das regas

Para plantar as Amarílis, a recomendação é que se coloque, no máximo, três bulbos em um vaso de, aproximadamente, 15 centímetros de diâmetro. Se o bulbo apresentar manchas ou partes moles, isso não significa que está podre, pode plantá-lo normalmente.

Quanto à rega, Daniel recomenda dois horários por semana para vasos de 5 litros ou mais. Durante o outono e o inverno, a rega deve ser feita a cada 20 dias ou quando o substrato secar totalmente.

Adubando as Amarílis

Os bulbos de Amarílis respondem muito bem à adubação mensal com fertilizantes orgânicos. Eles também se beneficiam do uso de adubos N.P.K 04-14-08 quando as hastes florais começam a surgir, garantindo floradas intensas e duradouras.

Variedades e Cores das Amarílis

As Amarílis vêm em uma variedade de cores deslumbrantes que variam desde tons suaves de branco, rosa e salmão até tons mais vibrantes de vermelho e laranja. Além das cores sólidas, é possível encontrar variedades que apresentam listras ou bordas de cores contrastantes, dando um charme ainda maior à flor. Ao escolher Amarílis para o cultivo, é importante considerar a paleta de cores que mais se alinha ao ambiente ou ao efeito estético desejado. Algumas variedades populares incluem a ‘Red Lion’ (vermelho vibrante), ‘Apple Blossom’ (rosa e branco) e ‘Moonlight’ (amarelo suave).

Combate a Pragas e Doenças

Como qualquer planta, as Amarílis não estão isentas de pragas e doenças. Os bulbos, especialmente, podem ser alvo de nematoides, ácaros e fungos se não forem manejados corretamente. É essencial inspecionar regularmente as folhas e os bulbos para identificar sinais de infestação. Caso identifique manchas, descolorações ou perfurações, é possível que sua planta esteja sendo atacada.

Para prevenir, é recomendado manter uma boa drenagem, evitar o encharcamento do substrato e realizar rotações no plantio. Se identificar algum problema, o uso de inseticidas naturais ou biológicos pode ser eficaz. Sempre consulte um especialista ou biólogo, como Daniel Barreto, antes de aplicar qualquer produto em suas plantas.