Descubra a ameaça invisível que assombra os animais e os humanos
Conheça o carrapato-estrela, um pequeno parasita que pode transmitir a perigosa febre maculosa e saiba como se proteger dessa ameaça.
O perigo do carrapato-estrela
Um minúsculo parasita está causando grandes preocupações para animais e humanos. O carrapato-estrela, cientificamente conhecido como Amblyomma cajennense, é um aracnídeo perigoso que pode transmitir a bactéria Rickettsia rickettsii, responsável pela febre maculosa.
Com sua incidência principalmente em zonas rurais, o carrapato-estrela se alimenta de sangue de hospedeiros como cavalos, bois e capivaras. No entanto, também pode parasitar cães e até mesmo humanos.
O ciclo de vida do carrapato-estrela
O ciclo de vida do A. cajennense é composto por três estágios. O carrapato fêmea se alimenta do sangue do hospedeiro por cerca de 10 dias até atingir a maturidade dos ovos. Após isso, ela se desprende da pele e cai no chão, onde ocorre a postura de mais de 8 mil ovos.
Após aproximadamente 1 mês, os ovos eclodem, dando origem às larvas. Essas larvas se prendem a um novo hospedeiro, se alimentam dele por 5 dias e depois retornam ao chão como ninfas. Nessa fase, elas procuram outro hospedeiro e após mais 5 dias voltam ao chão. Após 1 mês, as ninfas se tornam adultos e, após um período de quase 2 anos sem alimentação, buscam seu hospedeiro final para se alimentar e reiniciar o ciclo de acasalamento.
A febre maculosa e sua transmissão
A transmissão da bactéria Rickettsia rickettsii ocorre durante a mudança de um hospedeiro para outro. O carrapato-estrela pode se contaminar com a bactéria ao se alimentar de animais infectados, como bovinos, equinos ou capivaras. Além disso, a transmissão também pode ocorrer de forma transovariana, ou seja, da fêmea para seus ovos.
Embora as áreas rurais do Sudeste do Brasil sejam as mais endêmicas para a febre maculosa, casos também foram registrados em áreas urbanas e em outras regiões do país.
Prevenção e sintomas
Para se prevenir da febre maculosa, é importante tomar algumas precauções. Para animais de estimação, é recomendado manter o uso de antipulgas e anticarrapatos em dia, além de realizar a higiene regularmente.
Já para os humanos, é essencial verificar o corpo com frequência, usar roupas claras para facilitar a identificação dos carrapatos e evitar áreas com alta incidência do parasita. Caso seja encontrado um carrapato, a melhor opção é queimá-lo, pois estourá-lo pode levar à contaminação.
Tratamento e cuidados
A febre maculosa tem cura, mas o tratamento requer a administração de antibióticos e, em alguns casos, internação hospitalar. É importante procurar um médico ou veterinário assim que surgirem os primeiros sintomas ou se houver a presença do carrapato.
Evite tentar remover os carrapatos por conta própria, pois isso pode aumentar o risco de contaminação. Procure profissionais qualificados para realizar a remoção correta do parasita.
A prevenção é a melhor forma de manter a sua família e seus animais de estimação protegidos contra os carrapatos e a febre maculosa. Mantenha a higiene, utilize os produtos adequados e esteja atento aos sintomas. Assim, é possível evitar essa ameaça invisível e garantir a segurança de todos.