O fim dos supermercados tradicionais e a ascensão dos minimercados inteligentes

Supermercados estão sendo substituídos por minimercados e aplicativos; entenda o cenário global e as oportunidades de investimento.

Publicado 25/09/2025 às 16:31 por Viviane Grecilo Torres

Já percebeu como comprar comida está cada vez mais diferente do que era há algumas décadas? Antigamente, famílias lotavam carrinhos em supermercados para o mês inteiro, mas essa realidade mudou bastante. Hoje, o jeito de consumir alimentos se transformou mundialmente, influenciando até as melhores oportunidades de investimento.

Leandro Monteiro, presidente do Grupo Leandro Monteiro Investimentos, compartilhou sua experiência e visão sobre esse movimento. Morando em Dubai e com negócios em lugares como China e Nova York, ele observou de perto a queda dos supermercados tradicionais e a ascensão de minimercados e soluções digitais.

Supermercados tradicionais em declínio

Os custos para manter um supermercado são altíssimos, envolvendo aluguel, energia, salários e mais. Esse modelo exige vendas enormes para se sustentar, o que acaba encarecendo os produtos para o consumidor final.

Na China, os supermercados praticamente desapareceram das ruas. Lá, a população aderiu aos aplicativos para comprar alimentos, tornando as entregas muito mais eficientes e os preços mais baixos. Esse fenômeno chegou também em cidades como Nova York e Dubai, onde grandes redes têm fechado lojas ou mudado de formato.

Exemplos globais do novo consumo alimentar

  • China: supermercados substituídos por depósitos e apps de entrega;
  • Dubai: grandes redes como Carrefour enfrentam dificuldades e muitas lojas fecham;
  • Brasil: cerca de dois supermercados fecham diariamente;
  • Nova York: na ilha de Manhattan, só existe supermercado a 40 km de distância.

O novo jeito de comprar comida

Hoje, as famílias são menores e preferem compras mais frequentes e em menor quantidade. A rotina corrida faz muita gente optar por comprar apenas o necessário para uma semana ou até para um único dia, privilegiando a praticidade dos apps e lojas de conveniência.

Além disso, os consumidores valorizam o tempo. Em países como Estados Unidos, o ditado “tempo é dinheiro” faz todo sentido: o tempo perdido no supermercado pode ser melhor aproveitado trabalhando ou em lazer.

O verdadeiro negócio dos supermercados

Ao atuar no setor de importação e exportação de alimentos, Leandro Monteiro percebeu algo curioso: supermercados não vendem comida, mas sim espaço de prateleira. O negócio deles é imobiliário, alugando espaços para fornecedores exporem seus produtos.

Esse modelo é altamente lucrativo. Mesmo se o produto não for vendido, o dono do mercado já ganhou com o aluguel do espaço. E se vender, recebe ainda uma porcentagem das vendas. Isso garante uma renda estável e segura para o investidor.

Tipo de investimento Rentabilidade média
Imóvel residencial 5% ao ano
Minimercado (aluguel de gôndolas) Até 60% ao ano

Oportunidades e cuidados para investidores

Minimercados conectados a grandes redes conseguem comprar em grandes quantidades e oferecer preços competitivos nos aplicativos. Assim, conseguem atender entregas em até 45 minutos, num raio de até 25 km, tornando o negócio escalável e eficiente.

Mas, para quem pensa em investir, é preciso estar atento: sozinho, dificilmente alguém conseguirá competir com grandes redes. A dica é entrar para uma rede já estabelecida, garantindo melhores preços e maior alcance.

Outro ponto fundamental é a origem dos recursos. O setor exige máxima transparência e legalidade, como frisa Leandro Monteiro: só entram investidores de atividades lícitas, garantindo a segurança do negócio e evitando problemas legais.

Reflexos dessa transformação

Com esse movimento global, o futuro dos supermercados convencionais parece mesmo estar com os dias contados. Minimercados integrados a plataformas digitais e investidores atentos a novas tendências lideram essa grande virada no varejo alimentar.

Se você pensa em investir no setor, considere entrar em uma rede estruturada, apostando na inovação, transparência e legalidade. Afinal, a comida pode não ser mais o produto principal do supermercado, mas as oportunidades de negócio continuam quentes para quem souber enxergar além das prateleiras.

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