Nova descoberta revela o segredo das bolhas retas do Champanhe

No mundo das bebidas, o Champanhe sempre foi considerado uma opção de luxo para celebrar momentos especiais. Além de seu sabor e aroma únicos, o que chama a atenção também são...

Publicado 27/06/2023 às 21:54 por Alex Torres

No mundo das bebidas, o Champanhe sempre foi considerado uma opção de luxo para celebrar momentos especiais. Além de seu sabor e aroma únicos, o que chama a atenção também são as bolhas que sobem em colunas retas até a superfície. Agora, uma nova descoberta revelou o segredo por trás desse fenômeno intrigante.

O fenômeno das bolhas retas

As bolhas de Champanhe se formam da mesma forma que em qualquer outra bebida carbonatada. Quando uma garrafa é aberta ou o líquido é despejado em uma taça, o dióxido de carbono (CO2) dissolvido na bebida se libera em forma de bolhas gasosas. A diferença é que, no caso do Champanhe, essas bolhas se formam em colunas retas, em um fenômeno conhecido como perlage.

Essas bolhas se formam a partir de pequenas imperfeições na superfície do vidro e partículas suspensas na bebida. O Champanhe, por ter uma alta concentração de CO2 dissolvido, resulta em bolhas menores e um maior número de sítios de nucleação. Além disso, o formato das taças altas e estreitas também contribui para a formação dessas colunas retas de bolhas.

A descoberta surpreendente

Um estudo realizado recentemente na Universidade de Brown revelou os segredos por trás desse fenômeno das bolhas retas do Champanhe. Os pesquisadores descobriram que os ingredientes específicos da bebida aderem às bolhas e alteram o movimento do líquido enquanto ele sobe. Isso permite a formação de uma coluna estável de bolhas.

Para entender melhor esse fenômeno, foram realizados experimentos usando bolhas de nitrogênio em uma mistura de água e glicerina, simulando as condições do Champanhe. Os resultados mostraram que as moléculas presentes na bebida causam mudanças no rastro das bolhas, evitando que se desviem da formação em linha reta.

Além de ser uma descoberta interessante para a ciência, entender a formação das colunas de bolhas pode ter implicações práticas em diversas áreas, como a indústria e fenômenos naturais. Esses conhecimentos podem ser aplicados em tecnologias que utilizam misturas de bolhas, como os tanques de aeração em estações de tratamento de água, e também ajudar a compreender fenômenos como as correntes oceânicas.

A história e variedades do Champanhe

A história do Champanhe remonta ao século XVII, quando os viticultores locais começaram a experimentar diferentes métodos de fermentação para criar as bolhas de dióxido de carbono. Ao longo dos séculos, a produção do Champanhe evoluiu e se aperfeiçoou, tornando-se uma bebida renomada em todo o mundo.

O Champanhe é elaborado exclusivamente na região de Champanhe, na França, a partir de uma mistura de uvas. A uva Chardonnay é utilizada para produzir vinhos brancos secos, a uva Pinot Noir contribui com seu corpo leve a médio e sabores de frutas vermelhas, e a uva Pinot Meunier adiciona complexidade e suavidade ao vinho espumante.

Existem diferentes tipos de Champanhe, como o Prestige Cuvée, que é o mais caro e de maior qualidade, o Blanc de Noirs, feito com uvas tintas de polpa branca, o Blanc de Blancs, que utiliza apenas a uva Chardonnay, e o Rosé, que é obtido a partir da mistura de Champanhes tintos e rosados.

Além disso, o Champanhe pode variar em relação ao seu nível de doçura, que é indicado no rótulo da garrafa. Desde o mais seco, o Brut Nature, até o mais doce, que contém mais de 50 gramas de açúcar por litro.

O Champanhe continua encantando pessoas ao redor do mundo com suas bolhas retas e sabor inconfundível. Agora, com essa nova descoberta, podemos apreciar ainda mais a ciência por trás dessa bebida tão especial.

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