Zuckerberg congela contratações em IA e sinais de bolha acendem alertas no mercado

Zuckerberg congela contratações em IA; mercado reage, enquanto previsões ousadas e casos práticos expõem contraste entre hype e execução.

Publicado 17/09/2025 às 21:03 por Viviane Grecilo Torres

Mark Zuckerberg pisou no freio nas contratações do laboratório de inteligência artificial que estava montando. O receio é de que a bolha de IA esteja perto de estourar. Ainda assim, no finalzinho do mês passado, ele ofereceu pacotes de até 1 bilhão de dólares para atrair pesquisadores.

Coragem ele tem de sobra para mirar alto e avançar com tudo. No passado, apostou no metaverso e até rebatizou o Facebook como Meta. Porém, a onda das LLMs atropelou o plano, e o mundo desviou o olhar do virtual para os modelos generativos.

Enquanto isso, sinais se acumulam no mercado. Dois dias atrás, um vídeo destacou “Soldman, CEO da Open AI”, admitindo a existência de uma bolha de inteligência artificial. Além disso, um estudo do MIT indica que 95% dos projetos de IA generativa em empresas fracassam.

Zuckerberg muda a marcha na IA

Congelamento e oferta bilionária

A decisão de congelar vagas convive com a ofensiva por talentos. No finalzinho do mês passado, chegaram propostas de até 1 bilhão de dólares para pesquisadores se integrarem ao novo time. Por ora, a mensagem é cautela nos custos e agressividade na qualidade.

Histórico de apostas ousadas

Zuckerberg já girou canhões enormes antes. Com o metaverso, mudou o nome de Facebook para Meta e partiu para a ruptura. No entanto, LLMs ganharam o centro do palco, deixaram a proposta desconfortável e empurraram a pauta para segundo plano.

Mercado sente o cheiro de bolha

Sinais recentes e reações

Os indícios chegaram em sequência. O MIT apontou que 95% dos projetos corporativos de IA generativa não vingam, e o humor azedou. As ações de Nvidia, Meta, Google e Microsoft recuam; não é queda de 50%, mas o tropeço incomoda porque muitos tombos começam discretos.

Promessas x execução no dia a dia

A aposta da Antropic em 3 a 6 meses

O CEO da Antropic afirmou que, em três a 6 meses, a IA escreveria 90% do código antes feito por desenvolvedores. A notícia original saiu há 5 meses, então sobra um mês para a previsão bater. Por outro lado, ele tem incentivos para manter o balão inflado.

Um caso prático no Brex

Em paralelo, um relato pé no chão veio de Marcelo, ex-Pagarm e hoje no Brex. Ele contou que designers do time contribuem com código via cloud code e abrem PRs de alta qualidade. Enquanto isso, engenheiros de front end focam em produto e arquitetura, conectando Figma ao Shad CN.

O que realmente muda para times e empresas?

LLMs como multiplicadores de habilidade

Há duas lições claras. Primeiro, usar IA para algo que você não domina empolga, porém pode gerar lixo e sobrecarregar quem revisa. Segundo, LLMs multiplicam o que você já sabe: pouco conhecimento vira pouco valor, muito conhecimento vira turbina de produtividade.

Se o computador virou a bicicleta da mente, a LLM parece a motocicleta da sua sabedoria. Assim, especialistas ganham velocidade real, enquanto iniciantes precisam de respeito aos limites e revisão constante para não derrapar.

Entre o freio nas contratações e a isca de 1 bilhão de dólares, Zuckerberg recalibra a aposta em IA. Enquanto o mercado observa tropeços em Nvidia, Meta, Google e Microsoft, o próximo mês dirá muito sobre a promessa da Antropic.

Mais importante, casos como o do Brex mostram que valor aparece quando a tecnologia encosta no trabalho real. Portanto, menos ruído e mais entrega: é assim que essa história evita o estouro e encontra tração.

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