Economistas de Wall Street desacreditam medo de ‘Recessão’
Investidores temem recessão após relatório de empregos fraco em julho, mas economistas discordam
O relatório de empregos de julho, que mostrou um aumento na taxa de desemprego, gerou preocupações sobre a economia dos EUA. No entanto, economistas de Wall Street acreditam que esses medos são exagerados.
Reação do mercado
O mercado reagiu rapidamente ao relatório fraco de empregos, elevando as apostas para cortes nas taxas de juros. Esse movimento provocou discussões sobre a possibilidade de uma recessão nos EUA.
Segundo o economista-chefe da Apollo Global Management, Torsten Sløk, o mercado está “superestimando a quantidade de cortes”. Sløk acredita que os investidores deveriam ser mais cautelosos com suas projeções.
Consumo dos consumidores
Sløk destaca que os consumidores continuam gastando em atividades como voos e restaurantes. Isso indica que a economia não está mostrando sinais claros de recessão.
“Não há evidências suficientes de que a economia esteja em recessão ou a caminho dela”, afirmou Sløk.
Composição diferente
O aumento na taxa de desemprego para 4,3% foi a parte mais preocupante do relatório de julho. No entanto, Brett Ryan, economista sênior do Deutsche Bank, argumenta que o desemprego subiu devido ao aumento na oferta de trabalho, e não por demissões permanentes.
“Você não deve superestimar um único ponto de dados”, disse Ryan. Ele adiciona que os riscos aumentaram, mas ainda não é hora de cortes agressivos nas taxas.
Avaliação de outros especialistas
Michael Gapen, economista dos EUA no Bank of America, concorda. Ele mencionou que, sem demissões generalizadas, a necessidade de cortes emergenciais nas taxas é menor do que o mercado prevê.
“Um corte em setembro é agora quase certo, mas não achamos que a economia precise de cortes agressivos”, escreveu Gapen.
Oportunidade de recuperação
Alguns estrategistas veem a reação do mercado como uma oportunidade de investimento. Jean Boivin, do BlackRock Investment Institute, acredita que os temores de recessão são exagerados.
“Achamos que os ativos de risco podem se recuperar”, escreveu a equipe da BlackRock, destacando que mantêm seu peso em ações dos EUA, impulsionadas pela força da AI.
Perspectivas futuras
Seema Shah, estrategista-chefe global da Principal Asset Management, também vê uma recuperação no horizonte. Ela afirma que o mercado está realizando um “cheque de realidade” e que as preocupações econômicas podem não ser tão graves quanto o esperado.
“Esperamos que a economia dos EUA desacelere, mas não entre em recessão”, disse Shah. Ela acrescenta que, embora esperem cortes nas taxas pelo Fed, esses não serão agressivos.