Crise na Disney: boicote de celebridades e queda de assinantes balançam o império do entretenimento

Afastamento de Jimmy Kimmel leva Disney Plus a perder 1,7 milhão de assinantes, gerando prejuízo e debates sobre posicionamento político.

Atualizado 01/10/2025 às 19:32 por Viviane Grecilo Torres

Nos últimos meses, a Disney enfrentou um verdadeiro turbilhão. Com a suspensão do apresentador Jimmy Kimmel, uma série de acontecimentos inesperados colocou o conglomerado no centro dos debates sobre política, mídia e cancelamento. A situação chamou atenção não só pela repercussão, mas pelos impactos financeiros e institucionais.

Enquanto os bastidores ferviam, celebridades e influenciadores iniciaram movimentos de boicote que rapidamente ganharam força. O resultado não demorou a aparecer: as plataformas de streaming da Disney viram uma debandada de assinantes, enquanto a empresa lidava com críticas de todos os lados.

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O que motivou a crise?

Comentário polêmico e reação imediata

O ponto de partida do caos foi um comentário de Jimmy Kimmel em seu programa ao vivo. Ele sugeriu, de maneira irresponsável, que o assassinato recente de um palestrante cristão americano teria ligações com o movimento MAGA. Essa fala não teve tom de piada, o que aumentou o desconforto.

Após a repercussão negativa, a ABC — controlada pela Disney — optou por suspender Kimmel por tempo indeterminado. A atitude dividiu opiniões e logo desencadeou reações tanto do público quanto de figuras conhecidas de Hollywood.

Boicote liderado por celebridades

Campanha nas redes sociais e impacto real

O afastamento do apresentador provocou a mobilização de artistas como Tatiana Maslany. Ela pediu abertamente que fãs cancelassem assinaturas do Disney Plus, Hulu e ESPN Plus até que Kimmel retornasse.

  • Influenciadores americanos aderiram ao boicote
  • Artistas progressistas pediram suspensão de assinaturas
  • Movimento ganhou força fora dos EUA, inclusive no Brasil

No auge da campanha, mais de 1,7 milhão de assinaturas foram canceladas, causando uma queda de 7% nas ações da Disney, segundo Mark Ruffalo.

Repercussão interna e dilema empresarial

Crise de identidade e busca por soluções

Dentro da Disney, o clima foi de perplexidade. A empresa, que há anos apostava em pautas progressistas, viu-se rejeitada por parte do próprio público que ajudou a criar. O boicote mostrou um cenário onde nenhuma decisão parece agradar a todos.

Com a pressão crescente, a Disney optou por trazer Kimmel de volta. No entanto, o retorno não veio acompanhado de pedido de desculpas, o que manteve parte do público desconfiada e dividida.

Consequências para a imagem e futuro da Disney

A crise expôs a dificuldade da empresa em equilibrar posicionamentos políticos e expectativas do público. Além das perdas financeiras, o episódio evidenciou a fragilidade do controle editorial diante de figuras influentes.

No final das contas, a Disney se viu sem apoio dos dois lados do espectro político e terá que repensar suas estratégias. O caso serve de alerta para empresas que buscam atender todo tipo de demanda e reforça a importância de avaliar o impacto de suas decisões.

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