Porque Médicos Cirurgiões Estão Com Medo de Perder o Emprego? Nova Tecnologia Surpreende

Pesquisadores da Universidade Estatal de Washington desenvolvem os menores e mais leves microrobôs já vistos, inspirados em mosquitos, com potencial uso em cirurgias e outras áreas.

Publicado 24/01/2024 às 20:29 por Alex Torres

A medicina está à beira de um avanço tecnológico significativo com a criação de microrobôs que possuem o tamanho de um mosquito. Este marco foi alcançado pelos pesquisadores da Universidade Estatal de Washington. Essas micro máquinas, além de serem as mais diminutas e leves já registradas, têm potencial para se tornarem instrumentos revolucionários no campo das cirurgias assistidas por robôs.

Microrobôs e suas multifacetadas aplicações

O alcance desses microrobôs ultrapassa as fronteiras do cuidado com a saúde. Eles apresentam uma ampla gama de aplicações, incluindo:

  • Polinização artificial no setor agrícola;
  • Operações de busca e salvamento em cenários de desastres;
  • Monitoramento ambiental;
  • Microfabricação, entre outros.

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Movimento e design inspirados na natureza

Os cientistas que desenvolveram o projeto se inspiraram no comportamento dos mosquitos naturais. Com um deles pesando apenas oito miligramas e o outro, 55 miligramas, esses robôs conseguem se locomover a uma velocidade de seis milímetros por segundo, o que é considerado rápido para a microescala em que operam, embora ainda não alcancem a agilidade de seus parentes biológicos. A pequenez desses dispositivos é comparável à de uma moeda.

Atuadores: A chave para a mobilidade robótica

O movimento desses microrobôs é fruto da inovação em componentes denominados atuadores. Esses elementos são o coração do movimento robótico, capazes de gerar a ação motora dos robôs. Conor Trygstad, doutorando na área de Engenharia Mecânica e de Materiais e principal autor da pesquisa, utilizou técnicas de fabricação avançadas para criar atuadores com menos de um miligrama – o menor já produzido.

Tecnologia inovadora no coração dos microrobôs

Néstor O. Pérez-Arancibia, professor de engenharia e líder do projeto, enfatiza que esses atuadores são os mais minúsculos e rápidos já criados em microrrobótica. O sucesso desses componentes se deve ao uso de uma ligação com a memória de forma, um material que pode mudar de forma com a aplicação de calor e retornar ao seu estado original ao esfriar. Esse material permite que os microrobôs se movam sem precisar de partes móveis tradicionais.

Desempenho impressionante

Em testes, os atuadores demonstraram a capacidade de levantar pesos mais de 150 vezes maiores do que o seu próprio peso. Comparado a outras tecnologias de movimento em robótica, a ligação com memória de forma necessita apenas de uma pequena quantidade de eletricidade ou calor para operar, tornando-se uma opção energeticamente eficiente.

Aplicações futuras dos Microrobôs

Os microrobôs podem trazer avanços significativos em várias áreas, como:

  • Procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, auxiliando cirurgiões a alcançar áreas dificilmente acessíveis do corpo humano;
  • Auxílio na polinização artificial em contextos agrícolas, especialmente onde há escassez de insetos polinizadores;
  • Busca e resgate em áreas afetadas por desastres naturais, explorando locais inacessíveis e auxiliando na localização de sobreviventes.

As expectativas são altas para que esses microrobôs possam ser integrados em diversas operações e procedimentos, agregando precisão e reduzindo riscos em suas respectivas aplicações.

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